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IKAR in Mass MediaCommodities: Trigo reage à perspectiva de maior oferta e cai quase 4% em Chicago13 июля 2022 года Milho e soja sobem em meio a preocupações com efeito do tempo seco nos EUA Após subirem mais de 6% no último pregão, os preços do trigo em Chicago fecharam em forte baixa nesta segunda-feira. Os contratos para setembro, que são os de maior liquidez, recuaram 3,93% (35 centavos de dólar), a US$ 8,565 por bushel. “Diferente do efeito negativo para as lavouras de soja e milho, o tempo seco em áreas dos EUA e da Europa favorece o adiamento da colheita, jogando mais oferta no mercado, e, consequentemente, pressão sobre os preços”, disse o consultor Vlamir Brandalizze. Ainda segundo ele, os compradores adotaram uma postura de cautela antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que ocorrerá amanhã (12/7). A notícia de uma nova rodada de negociações sobre um corredor de exportação de grãos na Ucrânia também favoreceu a queda nas cotações. Hoje, o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente turco, Tayyip Erdogan, conversaram sobre as condições de segurança do escoamento de grãos no Mar Negro, informou o Kremlin nesta segunda-feira, segundo a agência Reuters. Sobre a oferta de trigo na Rússia, a consultoria agrícola Ikar reduziu sua previsão para as exportações do país em julho. De um volume estimado entre 2 milhões e 2,3 milhões de toneladas, agora são esperados entre 1,7 milhão e 2 milhões de toneladas, informou a agência Reuters. Outra consultoria, a Sovecon, projeta os embarques do país em 2,3 milhões de toneladas neste mês, ante 1,1 milhão de toneladas embarcadas em junho. E a empresa vê um volume maior de vendas a partir do próximo mês. “Esperamos que as exportações cheguem pelo menos a 4 milhões de toneladas em agosto. Se não atingirmos esse nível, a meta de exportação total da temporada pode ter problemas e deve ser revisada para baixo", acrescentou a consultoria. Considerando a temporada julho-junho, a Sovecon estima que as exportações de trigo da Rússia alcancem 42,6 milhões d Nos Estados Unidos, o volume exportado cresceu 13,5% na semana encerrada em 7 de julho, totalizando 309,8 mil toneladas. Na safra atual, os EUA despacharam 1,9 milhão de toneladas, 17,4% menos do que no mesmo período da temporada passado, segundo o USDA. Milho O clima seco deu suporte para os papéis do milho em Chicago. Os contratos do milho para dezembro, os de maior liquidez, fecharam em alta de 0,88% (5,50 centavos de dólar), a US$ 6,29 por bushel. Os papéis de segunda posição, para setembro, subiram 0,59% (24,25 centavos de dólar), a US$ 6,37 por bushel. Os futuros de milho em Chicago registram os maiores patamares em quase um ano, com previsões de uma onda de calor nos EUA durante o principal período de desenvolvimento da safra. As temperaturas devem ser mais quentes do que o normal neste mês em grande parte do cinturão de grãos do Meio-Oeste americano, segundo o Monitor de Secas. Julho é a época do ano em que o milho está no meio de sua fase de polinização, e, sem o registro de chuvas, cresce o risco de que o clima adverso prejudique o rendimento final das lavouras. “A possibilidade de aperto na oferta nesta safra está voltando a preocupar o mercado, assim como as perspectivas climáticas irregulares nos EUA e em toda a Europa”, disse em nota à Bloomberg Tobin Gorey, estrategista de commodities do Commonwealth Bank of Australia. Em relação à demanda pelo cereal americano, as exportações somaram 933,7 mil toneladas na semana encerrada em 7 de julho, informou hoje o USDA. O volume é 6,5% superior ao total embarcado no intervalo de sete dias anterior. No ano-safra, os embarques acumulam queda de 17%, totalizando 49,2 milhões de toneladas. Soja A previsão de tempo mais firme também garantiu alta aos preços da soja. Os contratos futuros para novembro, os de maior liquidez em Chicago, subiram 0,61% (8,50 centavos de dólar), a US$ 14,05 por bushel, e os papéis de segunda posição, para agosto, avançaram 0,58% (8,75 centavos de dólar), a US$ 15,22 por bushel. Segundo Daniele Siqueira, analista de mercado da AgRural, a valorização dos contratos ainda é pautada principalmente pelo movimento de correção técnica, após a forte queda nas cotações observada no início da última semana. “O tempo seco nos EUA e seu impacto sobre as condições das lavouras tem seu papel na alta registrada pela soja, sem dúvida. No entanto, ele é mais um gatilho para justificar a cobertura de posições vendidas pelos investidores do que propriamente a precificação de um risco eminente de quebra da safra de soja, pois ainda é cedo para isso”, disse. Neste momento, além dos riscos com o clima, o cenário econômico também pode provocar mudanças nos preços em Chicago, segundo a analista. “Embora o chamado 'mercado climático' esteja começando com mais força nos EUA, com o início da polinização do milho e da floração da soja, esses grãos ainda estão extremamente influenciados pelos humores do mercado financeiro e da macroeconomia”, complementou. Source: globo.com | #grain | Comments: 0 Views: 5
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